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HISTÓRIA DO NASCIMENTO DO CLUBE DE FUTEBOL DE ALVOCO

No ano de 1951 foi fundado, por um constituído grupo de sócios, o primitivo grupo de futebol em Alvoco, tendo-lhe sido dado o nome de “OS FELINOS”, cabendo-me ser o sócio nº. 15.

Seguidamente foram lançadas mãos à obra, isto é, a construção de um campo para a prática de futebol.

Inicialmente foi prevista a sua construção no BARREIRO, no prédio composto por um eucaliptal, atravessado pelo caminho público, que liga a Ponte Medieval ao Parente, pertença da Família Amaral, que posteriormente vendeu à Família Campos, oriunda da Cebola, actualmente se designada por São Jorge da Beira, e hoje pertença do Senhor António Fontes,  tendo sido dado início à obra.

Verificando-se vários inconvenientes, para o local escolhido, caminho público e a sua reduzida dimensão, apareceu o benemérito Senhor Dr. Agostinho Antunes, médico em Lagares, mas nascido em Alvoco, que ofereceu o seu prédio, sito na BALOITA, para a construção do Campo de Futebol.


Abandonado o primitivo local por este oferecer melhores condições, procedeu-se de imediato ao inicio das obras, desbravando o terreno, composto de olival e mato, pelo força dos braços de muitos generosos e  voluntários, HOMENS desta Terra, pois não existiam os meios de hoje e, nasceu finalmente, o primitivo campo de futebol, que através dos tempos sofreu vários melhoramentos, resultando no actual.

Lembro-me dos muitos jogos disputados com Aldeia das Dez, Avô, São Gião, Carvalha e com os nossos eternos rivais de Vide, não podendo esquecer os nomes de alguns dos seus primitivos jogadores, que ainda me ocorrem na memória, tais como, Padre Manuel Fernandes, Professor Carlos, natural de Cebola, Eugénio Carvalheira, que jogou na Académica de Coimbra, Jaime, barbeiro de profissão, que jogou no União de Coimbra, António, Agostinho e Mário, da Família Amaral, Eurico, Machado, natural de Santo Tirso, Joaquim Branco, campeão Ibérico de Atletismo nos 1500 e 5000 metros, António da Cruz, sendo rendidos por outros, à medida que os anos iam passando, Padre Daniel, Zeca Andrade, José Santos, José Andrade (Zezinho), Arlindo e tantos outros cujos nomes não me ocorrem e a quem peço perdão.

Como não havia balneários os duches, no final dos jogos, eram no Rio Alvoco, no Poço da Dorna, junto à Ponte Medieval, quer fosse Inverno ou Verão.

(Esta) Foi a maneira que encontrei para dar a conhecer e honrar a memória de todos aqueles que foram o embrião e tornaram possível o actual Grupo Desportivo de Alvoco das Várzeas, não esquecendo os actuais e abnegados jogadores que lhe deram continuidade e têm levado o nome de Alvoco a ser conhecido noutras paragens.

Zeca Andrade